Os justos (Jó) - Segundo de sete

"Ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça livrariam apenas as suas almas, diz o Senhor DEUS." Ez 14:14
É comum falarmos sobre justiça e ligarmos ao código civil de cada país e nação existente no planeta, assim, formar outro conceito do que é uma pessoa justa. Podemos considerar que, uma pessoa que vive em determinado país e cumpre toda a sua lei civil como sendo uma pessoa justa. É com essa introdução que começaremos a falar sobre o nosso segundo justo, Jó, um homem inocente que foi condenado pelos seus amigos. Dentre todos os livros existentes na bíblia sem duvida nenhuma o meu livro favorito é o de Jó. A história sobre fidelidade, retidão, justiça e temor a Deus contido nesse livro deve servir de inspiração para todos nós.

1 – Jó, fiel durante a provação.

No inicio do livro de Jó lemos as quatro principais características do nosso personagem. Jó 1.1 nos diz que ele era reto (tsadik) é a primeira das quatro características citadas logo no inicio dessa passagem, assim, conhecemos a sua conduta para com o seu próximo e as leis de seu país. O versículo continua com as outras características de Jó, mas, a quarta nos mostra um fator interessante que muita das vezes foge aos nossos olhos. “E desviava-se do mal”, ser justo não é somente obedecer às leis de um país ou ser temente a Deus, a terceira característica de Jó, mas é desviar daquilo que lhe possa fazer errar. O salmista foi muito sábio ao nos instruir no Salmo 1 pra que nos separássemos daquilo que tem a aparência do mal. Em nenhum momento nos manda afastarmos de nossos amigos e sim que o nosso prazer esteja na lei do Senhor (Sl 1.2). A retidão de Jó para com Deus foi o alvo de grande disputa no céu (Jó 1.6-19), onde o próprio Deus põe as quatro características e acrescenta “não existe homem igual a ele”. O ataque se levou primeiramente aos bens matérias e depois a para a sua saúde, mas, o final do capítulo nos demonstra o grande caráter desse homem de Deus. “Em tudo Jó não pecou e nem atribuiu falta alguma” (Jó 1.21), esse é o versículo chave de todo o livro de Jó. Mesmo tendo diversos motivos para pecar e amaldiçoar a Deus como sua própria esposa assim falou (Jó 1.19).
A Bíblia diz que o estado de Jó era desprezível ao ponto de seus amigos não conseguirem falar durante sete dias, por ver a situação em que ele se encontrava. Nos capítulos restantes lemos uma conversa entre acusadores (amigos) e o defensor (Jó) que segue durante 36 capítulos do livro (Jó 2-37) e os capítulos finais e a defesa divina para com a vida de Jó e a sua redenção. A crença em um Deus que punia apenas os que cometiam infidelidade ou aquele que cometera algo de errado era a principal visão dos moradores de Uz (cidade de Jó) e o mesmo tinha a mesma filosofia em sua mente. Mas, com uma grande diferença, ele sabia que não tinha feito nada de errado.

2 – A justiça de Jó testada por Deus.

Podemos achar Deus injusto lendo o livro do nosso personagem. Ele não tinha cometido nenhuma falha nem um desvio de conduta que ele merecesse ser punido. Mas, o simples fato de mostrar que uma pessoa poderia ser grata a Deus, mesmo que perdesse tudo que ele tivesse na vida. O castigo ou a aprovação serve para demonstrar o quão justo nos podemos ser, mesmo que percamos tudo que tenhamos.

 A prova de Jó nos é explicada no ultimo capítulo do livro (Jó 42.5), um homem completamente religioso que seguia todos os padrões determinados por homens, sacrificava pelos erros que seus filhos pudera ter cometido (Jó 1.4-6), seguia todos os rituais praticados na época e que seu coração estava completamente voltado para as ações bondosas e aquilo que era correto a ser feito. 

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.